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domingo, 10 de novembro de 2013

O Deus de Spinoza e os pensamentos de Einstein





Baruch de Espinoza foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Nasceu em Amsterdã, nos Países Baixos, no seio de uma família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno.

Spinoza defendeu que Deus e Natureza eram dois nomes para a mesma realidade, a saber, a única substância em que consiste o universo e do qual todas as entidades menores constituem modalidades ou modificações. Ele afirmou que Deus sive Natura ("Deus ou Natureza" em latim) era um ser de infinitos atributos, entre os quais a extensão (sob o conceito atual de matéria) e opensamento eram apenas dois conhecidos por nós.

A sua visão da natureza da realidade, então, fez tratar os mundos físicos e mentais como dois mundos diferentes ou submundos paralelos que nem se sobrepõem nem interagem mas coexistem em uma coisa só que é a substância. Esta formulação é uma solução muitas vezes considerada um tipo de panteísta e de monismo, porém não por Espinosa, que era um racionalista, por Extensão se teria um acompanhamento intelectual do Universo, como define ele em seu conceito de "Amor Intelectual de Deus".

Spinoza também propunha uma espécie de determinismo, segundo o qual absolutamente tudo o que acontece ocorre através da operação da necessidade, e nunca da teleologia. Para ele, até mesmo o comportamento humano seria totalmente determinado, sendo então a liberdade a nossa capacidade de saber que somos determinados e compreender por que agimos como agimos. Deste modo, a liberdade para Spinoza não é a possibilidade de dizer "não" àquilo que nos acontece, mas sim a possibilidade de dizer "sim" e compreender completamente por que as coisas deverão acontecer de determinada maneira. 

A filosofia de Spinoza tem muito em comum com o estoicismo, mas difere muito dos estóicos num aspecto importante: ele rejeitou fortemente a afirmação de que a razão pode dominar aemoção. Pelo contrário, defendeu que uma emoção pode ser ultrapassada apenas por uma emoção maior. A distinção crucial era, para ele, entre as emoções activas e passivas, sendo as primeiras aquelas que são compreendidas racionalmente e as outras as que não o são.

Albert Einstein não acreditava em um Deus pessoal ele acreditava assim como Spinoza que deus e a natureza são uma mesma entidade. 

Segundo citações de Einstein:

Sou um descrente profundamente religioso. Isso é de certa forma um novo tipo de religião

Jamais imputei à natureza um proposito ou um objetivo, nem nada que possa ser entendido como antropomórfico. o que vejo na natureza é uma estrutura magnífica  que só compreendemos de modo muito imperfeito, e que nao tem como não encher uma pessoa racional de um sentimento de humildade. É um sentimento genuinamente religioso, que não tem nada  a ver com o misticismo.

Einstein também disse:

Não acredito em um Deus pessoal e nunca neguei isso, e sim o manifestei claramente. Se há algo em mim que possa ser chamado de religioso é a admiração ilimitada pela estrutura do mundo, do modo como nossa ciência é capaz de revelar.

Segundo Richard Dawkins as citações de Einstein "Deus não joga dados" dentre outras, Einstein usa Deus em sentido metafórico, poético. Assim como Stephen Hawking, e como a maioria dos físicos que ocasionalmente cai na terminologia da metáfora religiosa.  


Einstein tinha um  sentimento espiritual quase que fazendo parte de uma religião cósmica, que não inclui medo da morte, medo da vida, medo de represálias de seres mais poderosos, medos de qualquer ordem. É um sentimento mais abrangente. Inclui sim a curiosidade, a procura de respostas a partir da utilização da razão, um conhecimento mais profundo do Universo pelo entendimento das suas leis mais básicas.


A definição de Deus neste caso é o conjunto de leis básicas que governam o Universo e que a ciência, mais cedo ou mais tarde, irá acabar por encontrá-las. A ciência é o instrumento para compreender o Universo que nos rodeia. E essa compreensão transmite um sentimento de espiritualidade muito superior a histórias infantis de pequenos deuses cheios de defeitos a influenciar as tarefas humanas.

Veja AQUI a carta que escreveu ao filósofo judeu Eric B. Gutkind falando sobre a sua posição religiosa.





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